Artigo - Obesidade: mudar para viver mais e melhor

Nos últimos anos, o número de brasileiros acima do peso cresceu significativamente e não é uma situação restrita ao país. Melhor que um índice de massa corporal regular é manter uma vida fora do sedentarismo com uma alimentação adequada. Subir na balança é um medo diário de muitas pessoas e a situação é alarmante na faixa mais pobre da população.

A preocupação com o “peso ideal”, seguir uma dieta e corresponder a padrões corporais são costumeiras aflições que, muitas vezes, começam na adolescência. A situação é um dos maiores problemas atuais de saúde. É uma condição envolvendo, inclusive crianças, sendo considerada preocupante. 

Imagem cedida por Freepik.com

A pessoa obesa tem maiores chances de desenvolver diabetes, hipertensão arterial, doenças cerebrovasculares, apneia do sono, osteoartrite, cardiopatias e câncer, entre outros problemas. As causas são variadas, como fatores nutricionais, fisiológicos, genéticos, psiquiátricos e psicológicos, comportamentais e ambientais. Vale alertar que uma criança obesa também pode se tornar um adulto obeso. 

A obesidade é o acúmulo excessivo de gordura no corpo, sendo considerada uma doença crônica e, com o passar dos anos, tende a piorar. A grande preocupação é evitar a possibilidade de provocar outros problemas graves de saúde, como comprometer as articulações, dificuldades respiratórias, gota e pedras na vesícula. Outro fator de risco é o acidente vascular cerebral (AVC), mais comum entre os casos de obesidade abdominal.

A prevenção começa, essencialmente, pela educação, atenção aos hábitos de vida e conscientização com a participação familiar. As condições auxiliam em casos como a obesidade infantil, em que a melhoria da qualidade de vida faz a diferença. 

O tratamento também é uma atitude preventiva com a adoção de um estilo de vida mais saudável, menos ingestão de calorias e cuidados com os hábitos alimentares, praticando atividades físicas. As mudanças promovem a redução do peso e facilita a manutenção do quadro estável. As opções como medicamentos e cirurgia devem ser acompanhadas e indicadas por um médico especializado. O resultado depende, principalmente, da mudança de hábitos. 

*Texto de Vaniele Simão para a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Minas Gerais em 2019.

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