Crônica - Uma Noite para Não esquecer

Voltarei alguns dias no tempo para contextualizar o momento em fiquei sabendo do show do Tiago Iorc em BH.

Não sou exatamente “fã” dele, mas minha colega de trabalho é (e muito). Não aquele tipo de fã que grita só de ouvir o nome da pessoa, mas aquele tipo que tem a foto dele como papel de parede do computador. Espero que ela me perdoe por contar esses detalhes, mas preciso agradecê-la por agora ter bons momentos gravados na memória.

Imagem cedida por Freepik.com

Sabe quando parei para ouvir as músicas do Tiago Iorc? Sim, somente nesse ano! Mesmo sendo uma pessoa bastante eclética, considerava as músicas dele um pouco clichê.

De tanto que repercutiu nas redes sociais, nos rádios, as músicas “Trevo” e “Amei de Ver, confesso que não aguentava nem ouvir mais. Para colaborar, umas das minhas melhores amigas chama o namorado dela de “Trevo” (é, só por causa da música). E com isso, cheguei ao ponto de revirar os olhos quando uma dessas músicas começava a tocar.

Então, nunca tinha parado para ouvir músicas do Tiago Iorc! Até que… após voltar e lançar seu álbum “Reconstrução” e todos os clipes, minha “colega de trabalho, aquela fã do Tiago Iorc”, ficou em êxtase. Ela simplesmente tinha amado e disse que estava tudo muito lindo. Com muitas pessoas falando, me gerou a curiosidade e foi aí o primeiro dia que parei para ouvir uma música do Tiago Iorc.

Quando cheguei em casa vi os clipes, e analisei a fotografia, os ângulos. Mania de jornalista? Não sei! Mania minha que gosta de observar essas coisas? MUITO!

Vi todos os clipes nesse dia e gostei. As músicas, precisei ouvir mais de uma vez porque estava concentrada somente nas imagens (e imagens maravilhosas como no clipe “Faz”). Lembro que minha irmã estava perto e achou o ritmo lento. E era mesmo!

Sempre gostei de música e não passo um diazinho da minha vida sem escutar alguma coisa. Agora mesmo estou escrevendo e com os fones no ouvido a pleno vapor. Para algumas pessoas a música distrai e dispersa, para mim, a música me isola um mundo particular e me permite concentrar naquilo que estou fazendo. Enquanto escutava o álbum, a música “Desconstrução” me chamou atenção. Naquele dia fiz uma listinha no fundo da mente sobre as que mais havia gostado e elas eram: “Faz”, “Fuzuê”, “Deitada nessa cama” e “Nessa paz eu vou”.

No dia seguinte, contei para a minha “colega de trabalho fã do Tiago Iorc”, a minha percepção e no mesmo dia vi um vídeo sobre a mensagem da música “Desconstrução” e fiquei “Carambaaa!! Esse cara é muito foda”. Como sou a pessoa que gosta de músicas tenho várias playlists, várias mesmo, e já fiz questão de encaixar as músicas em alguma para que pudesse ouvir depois.

Pouco tempo depois, a turnê foi anunciada e quando começaram a vender ingressos para o show em Belo Horizonte a minha “colega de trabalho fã do Tiago Iorc” já correu e comprou o dela. Tudo bem por aí, até chegar a semana do show: a amiga dela não ia mais poder ir e então queria alguém para usar seu ingresso. Ela me ofereceu, eu pensei “Por que não?” e topei. Normalmente não sonho muito, se isso me acontece nem lembro, mas quando chegou a quinta-feira já estava sonhando com show e músicas que iam ter, e tudo mais. Acho que estava um pouco ansiosa.

Crédito: Daniela Sawada

E finalmente chegou o grande dia, e nem sei como contar para vocês. O show começou e o Tiago Iorc já cantou logo “Desconstrução” e continuou com músicas que eu queria muito ouvir. E na metade de sua apresentação ele canta “Onde Deus possa me ouvir” do Vander Lee, que foi o momento mais lindo. E também teve “Tempo Perdido” do Legião Urbana. Sim! Tudo muito lindo!

Quando ele acabou e saiu do palco, a plateia não parava de gritar pedindo mais, e não parava mesmo. Adivinhem? Teve mais! Tiago Iorc voltou e cantou “Cataflor” e “Amei te ver” (a música que não gosto). E foi mesmo tudo maravilhoso.

A noite encerrou comigo e um sorriso estampado na cara. O Tiago, além de cantar bem demais, também toca maravilhosamente. Admiro muito o trabalho dele e o bom conteúdo e boa qualidade que são as músicas. Guardarei comigo essa noite e agradeço mesmo a minha “colega de trabalho fã do Tiago Iorc”.

*Crônica de Vaniele Simão postada originalmente em literalmenteuai.com.br.

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